Trabalhando com o aplicativo Telefone

Olá pessoal,

Depois de várias perguntas sobre o aplicativo telefone, resolvi escrever um pouco sobre ele. Estou usando um Motorola Razr D1 XT918, mas, creio que todos que usam o Jelly Bean que é a versão do Android que vem nesse aparelho, deve variar pouco de marca para marca.

Primeiro vou mostrar o rodapé do aparelho, que é a partir dele que vamos trabalhar.

Temos na parte inferior da tela 3 abas que são:

    Telefone
    Ligações
    Favoritos

Além dessas três opções que acho as mais importantes para interagir com o aplicativo telefone, de acordo com um deles que você escolha, terá mais várias outras opções. Aqui vou estar mostrando o básico, para vocês terem uma luz para trabalhar com o mesmo.

Telefone:

Quando você da duplo toque nessa aba ou opção como queira. Ela vai lhe abrir na parte superior do aparelho a lista dos telefones que você discou. Deslizando o dedo para direita, ele vai dizer um por um dos números ou nomes e abaixo de cada um, um botão não etiquetado que clicando nele você abre algumas opções:

1- Caso o telefone não tenha na agenda, logo que clica nesse botão que não está etiquetado, e, sim apenas com um número. Vai lhe dar a opção de colocá-lo na agenda. Se clicar no número, ele vai lhe dar a opção de discar.
2- Caso esse número já esteja na sua agenda, ele vai lhe dar opção: ver contato, telefone, discar para o telefone e enviar mensagem.
3- Mais ou menos no meio da tela, ele vai lhe dar o teclado para você discar o número que quer. Sendo que para digitar cada número, deve arrastar o dedo na tela ou varrer o dedo na tela da esquerda para direita ou ao contrário e achando o número que quer dar duplo clique.
4- Caso digite algum número errado, em cima do número 3 fica o bakspace, que apaga o último número discado.
5- Depois do jogo da velha, na linha de baixo, você terá:

    Buscar – essa opção é para você buscar números na sua agenda
    Discar: que é o primeiro chip
    Discar: esse é o segundo chip
    Mais opções – essa opção tem em todas as abas, e, de acordo com cada aba tem as suas funções.

OBS. Sempre indo da esquerda para direita.

Ligações

Quando você clica nessa aba, na parte superior da tela ele vai lhe dar duas opções:
Lista suspensa sim 1 e sim 2 – dando duplo toque você pode escolher apenas chip 1 ou o chip 2.
lista suspensa todas ligações – clicando nessa opção ele vai lhe dar: todas, recebidas, feitas e perdidas.

Na parte inferior, vai aparecer também a opção mais opções e pesquisa.

Favoritos

Essa é a aba mais tranquila ao meu ver. Clicando nela ele vai lhe trazer os contatos que você adicionou em favoritos.
Também na parte inferior vai aparecer mais opções, pesquisa e um novo botão que é novo contato.

Uma última observação. Quando disca um número, logo em cima da caixa onde o número fica digitado, tem um botão mais opções. Para encontrar esse botão tem que achar a caixa com o número digitado e varrer a tela da direita para esquerda. Clicando nele, vai lhe abrir as seguintes opções:

    Adicionar aos contatos
    Enviar SMS ou MMS
    Adicionar pausa de dois segundos
    Adicionar espera
    Configurações

Creio que sobre o básico do aplicativo telefone, essas seriam as observações a serem feitas. Qualquer coisa só postar os comentários que tentaremos ajudar na medida do possível.

Abraços

Review do razr d1 parte 2

Bom pessoal,

conforme prometido segue a segunda parte do review sobre o Motorola razr
d1. Segunda parte de um total de 3 talvez. não sei ainda, mas devem ser 3, se
der para abranger o que precisa ser abrangido. Então vamos lá!

Começando a usar o aparelho

Agora que já descrevemos fisicamente o aparelho, vamos explorar um pouco do
que existe nele.

Os recursos de acessibilidade não estão completos de início, de modo que
é necessário a instalação do
Talkback
e de uma voz para que se consiga fazer
uso do mesmo. Instalei a voz
Espeak TTS.
Para fazer estas instalações precisei de ajuda de um olho amigo, para acessar a Play Store, baixá-los e instalar. De fato, o início no razr d1 não é nada promissor. O Aparelho só mostra a sua potencialidade com o uso.

Um ponto interessante aqui, é que ao instalar o Espeak e executá-lo
através do ícone que aparece na tela inicial é possível além de concluir a
instalação, definir o Espeak como sendo a voz padrão, sem a necessidade de ir
nos menus de configuração do aparelho. A propósito, até esse ponto, não é
necessário ir nos menus de configuração se sua internet for wifi ou 3g,
exceto em algumas circunstâncias em que a conexão não pode ser iniciada automaticamente. é possível ter algumas indicações disso. Por exemplo, não
conseguir logar na Play Store.

Outro ponto a ser destacado, é que apenas o chip 1 tem suporte para o 3g. O chip 2 não tem esse suporte,
o que significa que a velocidade cai drasticamente.

Instalado o Espeak e o Talkback é hora de ativar o leitor.

Devemos ir nas configurações. (Para isso, um caminho mais simples é
usar o ícone “configurações do sistema” na barra de notificações).

Então rolamos a tela até acessibilidade. Se tudo correr bem o Talkback
estará na lista e é o primeiro item. Quando ativamos o Talkback, o telefone
pergunta se queremos ativar a exploração por toque, o que devemos fazer. A
partir de agora você pode dar tchau pro cara impaciente que tá te ajudando
se quiser, porque o sistema estará falando.

Para continuar a suprir as faltas do aparelho, agora você precisa
instalar um gerenciador de arquivos. Existem vários na Play Store, mas os mais usados
são o
ES File Explorer File Manager
e o
Linda File Manager.
Eu achei um chamado file manager es. Ele funciona bem mas não completei os testes dele, portanto
fica pra próxima parte do review, onde devo falar sobre os programas que já
vem no aparelho.

Quando receber o razr d1, haverá algumas atualizações para serem feitas na
Play Store, (recomendo que façam).

As configurações do aparelho não são difíceis de fazer, mas a página é
grande e necessita a rolagem. Poderá fazer isso recorrendo ao gesto
correspondente que aparece no post sobre os gestos. O aplicativo telefone
fica disponível na primeira tela inicial, de um total de duas.
Na segunda tela ficam as mensagens. A resposta dos aplicativos foram
satisfatórios. O sistema funciona bem, mesmo com o Talkback e Espeak
ativos e a exploração de tela ativada.

U último APP que você vai querer instalar é o
Jelly Bean Keyboard.
Ele é um teclado que facilita a digitação.

Na próxima parte do review, agora que os programas necessários estão instalados, vamos navegar um pouco nos seus aplicativos nativos.

    Será que a câmera é acessível?
    Como tocar suas músicas preferidas?
    E a TV? como usar, se é que dá para usar?

Aguardem!

Escrito por Raphael Gomes

Review do razr d1 parte 1

A alguns meses apareceu no mercado a linha Razr d1 e d3 da Motorola. Com preços
relativamente baixos e uma boa quantidade de funções, aliada a um
hardware relativamente robusto, fizeram dessa linha de aparelhos um
sucesso de vendas, a tal ponto que as lojas simplesmente não conseguem
manter esse aparelho em estoque. Embora ainda não haja números
divulgados, com certeza esse aparelho vai vender algumas dezenas de
milhares por aí. A propósito, a linha razr não é nova. O razr v.x estão
entre os mais vendidos da fabricante americana comprada pela Google.
Por causa da versão do android instalada nesse aparelho, o gadjet
atraiu a atenção dos cegos, pois a versão 4.1 do android incorpora os
mais recentes avanços em acessibilidade na plataforma. Então resolvi
escrever esse review mostrando algumas particularidades do razr d1 em
especial, que é o aparelho que eu tenho aqui em mãos para testar,
focando nos aspectos de interesse para os deficientes visuais.

para começar, vamos descrever o aparelho. Além da tela touch, temos dois botões do lado direito do
aparelho, que são o botão de volume (mais cumprido) e o botão de
liga/desliga, que pode ser configurado para desligar chamadas. O
conector do fone de ouvido, que utiliza uma entrada de 3,5 mm, conhecida
como p-2, fica na parte de cima. Na versão com tv, além do fone de
ouvido, vem algo que parece uma pequena extensão, e pode funcionar como
tal, para o fone de ouvido. Mas na verdade a principal função deste
acessório é servir como antena para a tv. O conector de força para
carregar a bateria fica do lado esquerdo, e é relativamente pequeno.
Pelo tato não é muito simples de achar num primeiro momento, mas ele
fica próximo ao meio do aparelho, se formos de baixo pra cima.

A tampa do aparelho é aberta pela parte de baixo, e a bateria é
retirada pelo lado de cima. Em baixo da bateria estão os compartimentos
para chip 1 e chip 2, nas versões com dois chips, bem como o
compartimento de cartão de memória. Não é difícil descobrir a forma de
encaixe do cartão de memória. O chip 1 fica logo ao lado da entrada de
cartão. O chip 2 fica mais afastado. O chip se encaixa em algo que se
parece um pequeno túneo. Para retirar, precisa empurrar o chip em
direção à entrada, por onde colocamos o chip. Isso é feito
empurrando-se ele pela outra extremidade do “túneo”. Para se orientar no
aparelho, pode-se atentar para uma diferença na parte frontal entre o
topo e a parte de baixo da tela. Na parte de baixo, após o termino da
tela, o aparelho tem uma lijeira curvatura. Na parte de cima essa
curvatura não existe. A câmera fica no alto e atrás, como aliás é em
praticamente todos os smartphones.

Como sabemos, o d1 é um aparelho totalmente touch screen, o que, em
princípio representaria uma dificuldade para cegos. E para complicar um
pouco mais, existem três teclas touch que não fazem parte do android,
que ficam na parte de baixo da tela. Pela ordem, da esquerda para a
direita, são os botões voltar, início e opções. A boa notícia é que
eles são relativamente cumpridos, o que facilita na hora de encontrar.
mas essa particularidade atrapalha bastante o uso em algumas situações,
porque sem querer você pode esbarrar nos tais botões e ver a tela
mudando. Por outro lado, eles não são difíceis de encontrar, o que
facilita quando precisamos usar eles. Não é preciso usar a parte de
baixo da tela como referência, e cada vez que se pressiona um desses
botões o aparelho vibra indicando que esses botões foram pressionados.

Um outro ponto que prejudica o contato inicial do usuário cego com o
aparelho é o fato de que o leitor de telas talkback não vem incluso,
apenas o serviço de ampliação de letras, que facilita um pouco
para quem tem baixa visão.

Problemas de acessibilidade contornados, o aparelho começa a mostrar
a que veio. Mesmo com o uso do leitor de telas e de uma voz para a
síntese de fala, o aparelho não fica de forma alguma pesado. A navegação
é bem fluída em praticamente qualquer parte do sistema. Os
(gestos ) que estão presentes no
android 4.1 funcionam bem em todas as telas. E com a promessa de
atualização para o android 4.2, tudo indica que teremos melhoras no uso
do aparelho.

Na próxima parte do review vamos começar a analisar os aplicativos, o
que falta e o que já está por lá, e, especialmente, o que é acessível e
o que não é. Aguardem!

Escrito por Raphael Gomes